Tradutor

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Os Animais Como Presente de Natal



Ter um animal é um ato voluntário. Adquirir um animal doméstico deve ser uma atitude pensada pelo próprio ou uma decisão unânime a nível familiar. No seio familiar a decisão de ter um animal de estimação nunca deve partir das crianças, mas sim dos pais, uma vez que serão eles os responsáveis por tudo o que o animal precisa.

Não quero com isto que não se tenham animais de estimação, pretendo apenas consciencializar e fomentar as adoções responsáveis, tendo em vista que um animal precisa de cuidados.

Por estas razões um animal doméstico nunca deve ser uma prenda de Natal. A decisão deve partir da pessoa ou/e família que pretende adquirir um animal de estimação e nunca de outra pessoa que desconhece se aquela pessoa/família está preparada para partilhar a sua vida com um animal.

Muitos dos abandonos dos meses seguintes ao Natal resultam de situações do género. Os animais não o merecem e nós, como seres racionais, não o podemos fazer. Ao adquirir um animal de estimação temos de pensar que eles só nos têm a nós, nós temos a família, os amigos, o emprego, os hobbies e eles só nos têm a nós.

Portanto, para termos um animal de estimação temos de ter a certeza que poderemos cuidar dele enquanto viver, que lhe poderemos dar os cuidados de saúde necessários, a alimentação adequada, o espaço e o tempo que necessitam para serem felizes.

Por isso, este Natal, não encare um animal de estimação como uma prenda, eles são seres vivos e têm de ser tratados com dignidade, não como objectos que se descartam à mínima dificuldade.

Adquirir um animal de estimação deve ser um acto reflectido e pensado! Eles são verdadeiros amigos e esperam de nós a mesma lealdade, o mesmo amor e a mesma dedicação.

Boas festas!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Legislação - Regras e Obrigações dos Donos

Quatro animais por apartamento

Os animais de estimação só podem permanecer em zonas urbanas, se houver boas condições de alojamento, sem qualquer risco de saúde para os vizinhos nem problemas de higiene.
Respeitada esta condição, bem como a tranquilidade a que os diferentes habitantes têm direito, a lei define um número limite de cães e gatos adultos.
Em cada apartamento, não podem coabitar mais de três cães ou quatro gatos, não podendo, no total, contar-se mais de quatro animais.
Este número só poderá ser excedido, até ao máximo de seis, com uma autorização nesse sentido do município, depois de obtido um parecer favorável do veterinário municipal e do delegado de saúde.
Em caso de desrespeito, a câmara municipal ordenará uma vistoria do delegado de saúde e do veterinário municipal, podendo, depois, mandar os animais para o gatil ou canil municipal.
Além disso, o dono dos animais fica sujeito ao pagamento de uma coima entre 50 e 3740 euros. Convém relembrar, ainda, que, apesar do limite legal, pode existir um regulamento de condomínio mais rigoroso, que estabeleça um limite inferior ou até proíba a presença de animais nas fracções autónomas.

Registo, licenças e seguros
A obrigatoriedade de registo apenas se aplica aos cães. Tem de ser feito na junta de freguesia da zona de residência do dono, entre os três e os seis meses de idade. O dono deverá apresentar o boletim sanitário do cão devidamente preenchido por um veterinário. A taxa de registo e licenciamento não pode, em 2004, ultrapassar os 13,20 euros. Na mesma altura e no mesmo local, deve ser obtida a licença de detenção, posse e circulação do animal. Para tal, é necessária a apresentação do boletim sanitário do cão, com as vacinas em dia. Esta licença tem de ser renovada anualmente nos meses de Junho e Julho. Fora deste período, a licença será agravada em 30%. Quando o cão morre ou desaparece, o facto deve ser comunicado à junta de freguesia, no prazo de cinco dias, de forma a cancelar o registo, sob pena de se considerar que o animal foi abandonado. Se mudar de residência ou perder o boletim sanitário, o dono tem 30 dias para comunicar esse facto na sua junta de freguesia. Se o seu cão é considerado perigoso ou se enquadra numa das raças potencialmente perigosas, tem de obter uma licença especial na junta de freguesia. Além disso, passa a ser obrigatório tratar da identificação electrónica do animal (micro-chip). Embora apenas seja obrigatório contratar um seguro de responsabilidade civil para estes animais, é aconselhável fazê-lo para todos os cães e gatos, para o caso de estes fugirem e provocarem, por exemplo, um acidente de viação.

Com coleira
Na via pública, os cães e gatos não podem andar sem coleira (ou peitoral, no caso dos cães), a qual deverá conter o nome do animal e a morada ou telefone do dono. A não ser que andem pela trela, os cães são ainda obrigados a trazer um açaime, além de terem de estar acompanhados pelo dono. As câmaras municipais podem criar zonas próprias para os animais, onde poderão circular sem aqueles meios de contenção.

Cuidados de saúde
A saúde de um animal de estimação exige, com maior ou menor frequência, a deslocação ao veterinário. A desparasitação e a vacinação constituem os principais cuidados de saúde. Regra geral, todos os animais devem ser desparasitados semestralmente, salvo outras indicações do veterinário.
Quanto à vacinação, apenas existe a obrigatoriedade de submeter, anualmente, os cães à vacina da raiva. Se esta for administrada durante a campanha anual de vacinação, aplicar-se-á a chamada taxa N, que correspondia a 4,40 euros, em 2004. Fora deste período, o custo sobe para o dobro, o que corresponde à taxa E (8,80 euros).

Cão
A par da vacina da raiva (que é obrigatória), existem outras recomendáveis: para a esgana, a hepatite por adenovírus, a parvovirose, a leptospirose e a chamada tosse de canil.

Gato
No caso dos gatos, não existe nenhuma vacina obrigatória, mas recomenda-se a vacina contra a raiva, a panleucopénia (gastroenterite), a coriza (ou febre dos gatos) e a leucose felina.

Nos transportes públicos
Nos transportes públicos, os animais de estimação devem ser acondicionados de forma a não permitir que mordam ou causem quaisquer danos a pessoas, outros animais ou bens. Como é evidente, a possibilidade de transportar os animais depende das suas dimensões.

Passaporte obrigatório
Se pensa viajar para algum país da União Europeia com o seu cão ou gato, saiba que, a partir de 1 de Outubro de 2004, tem de levar também um passaporte para o animal. Este documento deve ser pedido junto das direcções regionais de agricultura, não deverá custar mais de 1,5 euros e fornece informações sobre a vacinação anti-rábica, estado de saúde, exames e certifica que o seu amigo de quatro patas está legalizado. Se quiser viajar para o Reino Unido, Irlanda e Suécia, convém informar-se sobre todas as formalidades sanitárias exigidas, pois estes países têm normas rígidas quanto à entrada de animais. Para saber mais sobre normas de transporte em viagem, cuidados de saúde, etc., contacte a Sociedade Protectora dos Animais (21 342 38 51) e a Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (21 458 18 18).

Não abandone os animais
O abandono de animais é alvo de punição legal. Os cães e gatos encontrados abandonados são recolhidos pelas entidades municipais e encaminhados para canis e gatis, onde permanecem durante um período mínimo de oito dias, à espera que sejam reclamados pelos donos. Se isso acontecer, e o dono for identificado, este terá de suportar as despesas de alimentação e alojamento, bem como o pagamento de eventuais coimas (entre 25 e 3740 euros, em 2004).
O animal ser-lhe-á entregue depois de ser submetido a algumas medidas médicas (vacina anti-rábica, se não estiver em dia) e de serem pagas as despesas referentes à sua estada.
Se os animais não forem reclamados dentro daquele período, poderão ser entregues a pessoas ou entidades que demonstrem ter os meios necessários à sua manutenção. Em último caso, serão abatidos.

Animais selvagens
Quem quiser adoptar um animal selvagem como animal de companhia tem de obter uma licença junto da câmara municipal, que só a concede se houver um parecer favorável do médico veterinário municipal da área de residência do interessado. Este parecer é obrigatório.
Convém não esquecer que muitas espécies de animais selvagens estão interditas, além de que é proibido o comércio de espécies em vias de extinção. A lista é extensa e inclui crocodilos, elefantes, ursos, lobos, veados, cobras, jibóias, víboras, serpentes, um elevado número de aves, felinos e primatas. Portanto, nunca será possível conseguir uma licença para ser proprietário de um destes animais. Aliás, a própria Convenção Europeia para a Protecção dos Animais de Companhia refere que deve ser desencorajada a adopção de espécimes selvagens como animais de estimação.
Conseguida a licença, o dono fica obrigado a tomar medidas de segurança reforçadas, nomeadamente em casa, de modo a que o animal não consiga fugir e a garantir a segurança das pessoas, de outros animais ou bens.
O dono terá, ainda, de afixar, no local onde está o animal, um aviso que alerte para a existência de um animal perigoso. Ainda que sejam detentores da licença acima referida, os donos de animais selvagens estão proibidos de os treinar no sentido de serem agressivos. Pelo contrário, a lei até sublinha que, desde que possível, devem procurar domestica-los. A licença pode ser suspensa sempre que as autoridades entendam que não estão reunidas as condições de bem-estar dos animais ou a segurança e a tranquilidade das pessoas, de outros animais ou bens. Caso um destes animais ameace seriamente a segurança de pessoas ou de outros animais, a polícia tem permissão para o abater. Se a agressão se concretizar, o animal é levado para um centro de recolha oficial, a expensas do dono, sendo, em princípio, abatido. Além disso, os donos poderão ser condenados a pagar uma indemnização aos lesados, por danos materiais ou morais.
Em situações extremas, em que o dono incite o animal à violência, poderá considerar-se que se trata de uma prática criminosa, com as consequências que isso acarreta (por exemplo, ser condenado, nos casos mais graves, a pena de prisão). Obviamente, todas estas situações terão de ser decididas em tribunal (pagamento de indemnizações e condenação pela prática de um crime).

Violência sobre os animais
A lei não visa só proteger as pessoas de eventuais agressões ou problemas causados pelos animais. Na verdade, proíbe também qualquer acto que conduza à morte, provoque lesões graves ou sofrimento cruel e prolongado aos animais. É, igualmente, interdita a promoção de lutas entre animais. Lamentavelmente, é do conhecimento público a existência de lutas de cães, alimentadas por um sistema de apostas, como meio de divertimento para muitas pessoas!
Espera-se que as autoridades ponham cobro a estas infelizes iniciativas e que as sanções previstas na lei sejam, efectivamente, aplicadas. Quem assistir a uma situação em que um animal de estimação seja vítima de maus-tratos, esteja envolvido em lutas ou em qualquer outra actividade que lhe provoque dor ou sofrimento pode (e deve) apresentar queixa.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O que devo fazer se algum animal morder ou arranhar meu filho?

O tratamento vai depender da gravidade da ferida e do animal responsável pelo acidente. A primeira coisa a fazer, em qualquer caso, é lavar bem a área e tentar estancar o sangue, fazendo pressão sobre o ferimento com um pano limpo ou com gaze.


Se, com alguns minutos de pressão, o sangramento não parar, leve a criança ao pronto-socorro. Também será necessário levá-la ao hospital se a ferida for no rosto ou no pescoço, ou se parecer profunda, em qualquer parte do corpo, porque pode exigir pontos.

No caso de ferimentos leves, simplesmente lave a ferida, e só a cubra se ela estiver em uma área propensa a entrar em contato com a sujeira.

Procure saber imediatamente qual foi o animal que feriu seu filho. Ele terá que ser observado por um período de dez dias para afastar a possibilidade de raiva.

Meu filho vai ter de tomar vacina anti-rábica?

Se ele tiver sido mordido ou arranhado por um cachorro ou gato domésticos, vacinados, conhecidos e que possam ser observados por dez dias, o tratamento para prevenir a raiva provavelmente não será necessário.

Peça ajuda ao Centro de Controle de Zoonoses da sua cidade (ligado às prefeituras) se o cachorro for de rua e você souber onde ele está, ou se tiver sido capturado. Os especialistas vão levá-lo e observá-lo. Se o animal tiver sido morto, o CCZ pode fazer exames em laboratório para saber se ele tem a doença.

Caso o animal que mordeu a criança seja desconhecido, ou não possa ser observado, a necessidade do tratamento vai depender da gravidade do ferimento e da ocorrência de casos de raiva na região em que você mora. Peça orientações ao seu médico ou leve seu filho ao hospital mais próximo.

A raiva é uma doença cada vez menos comum no Brasil (foram 44 casos em 2005, segundo o Ministério da Saúde), mas, como é fatal, todo cuidado é pouco. O tratamento profilático é indicado no caso de o animal estar apresentando sintomas estranhos, quando a mordida for de morcego, ou então no caso de mordida de cão ou gato desconhecidos em região considerada de raiva não-controlada.

O tratamento para evitar a raiva é gratuito e é feito com uma série de injeções. Em crianças de menos de 2 anos, elas podem ser dadas na perna.

Mordidas de animais também podem transmitir tétano, mas a vacina contra a doença faz parte do calendário nacional de imunização, dada os 2, 4 e 6 meses, por isso é provável que seu filho já esteja protegido. A vacina antitetânica também tem duas doses de reforço: entre os 15 e 18 meses e entre os 4 e 6 anos.



E se a mordida ou o arranhão infeccionarem?


A saliva de cães e gatos possui vários tipos de bactérias e vírus, por isso a infecção é possível. No caso de uma ferida maior, é aconselhável consultar o médico para saber se será preciso tomar antibióticos para evitar uma infecção (isso vale também para quando o autor da mordida é um animal da espécie Homo sapiens -- ou seja, outra criança!).

 

Quando o ferimento é bem superficial e pode ser tratado em casa, é bom ficar de olho nele. Qualquer sinal de infecção merece uma ida ao médico. Os sinais de infecção são:

  • aumento do inchaço, da vermelhidão ou da sensibilidade na área
  • presença de pus
  • febre acima de 37,7 graus
  • linhas vermelhas em torno da ferida ou sensação de quentura

   

Meu filho vai ficar traumatizado?


Levar uma mordida é uma experiência assustadora para uma criança, ainda mais porque cachorros e gatos tendem a atacar na região da cabeça. É possível que seu filho comece a ficar nervoso na presença de animais, ou que tenha pesadelos.

Se o ataque tiver sido muito violento, seu filho pode precisar de ajuda psicológica para superar o trauma.



domingo, 2 de novembro de 2014

Peixes

Os peixes são adequados para ter como animal de estimação se vivermos num apartamento ou numa casa com pouco espaço, uma vez que não ocupam muito espaço, são limpos, não andam a correr pela casa correndo o perigo de partir alguma coisa. Também são uma boa opção como animal para as crianças, porque eles podem ser responsáveis, em grande parte, pela sua atenção e cuidados necessários. Uma das espécies mais comum são os goldfish, os típicos peixes de cor laranja e branco. Mas seja qual for o tipo de peixe que escolha para ter em sua casa, deverá ter sempre presente os cuidados que os peixes necessitam, especialmente no que diz respeito à alimentação, água e luz.



INSTRUÇÕES

Deverá conhecer as necessidades nutritivas da espécie de peixe que tem como animal de estimação




Na maioria dos casos, recomenda-se complementar a alimentação dos nossos peixes com outras fontes de alimento, por exemplo em momentos particulares como na fase de reprodução.

 
  
A água limpa é outro dos pontos mais importantes quando se trata de cuidar dos nossos peixes da forma mais adequada. Além da limpeza do seu aquário, também deve ter determinados peixes que ajudem na limpeza do próprio aquário.
 

 

Estes animais respiram o oxigênio da água, por isso, é essencial que disponham de todo o oxigênio que necessitam. Para isso, poderá instalar uma bomba de ar que assegurará que a água esteja corretamente oxigenada.

 


Não é recomendável utilizar água da torneira, uma vez que contém cloro, muito prejudicial para os peixes. Poderá ir a uma loja de animais e comprar um produto que elimine o cloro.

 


Também deverá assegurar-se de que a água que põe no aquário está à mesma temperatura da água já existente.

 


Da mesma forma, os peixes necessitam de um ambiente bem iluminado, mas a luz direta do sol não é a melhor opção para o fazer, entre outros motivos, pode provocar a proliferação de algas.

 


O mais adequado é utilizar uma iluminação elétrica para que os peixes disponham da luz que necessitam e além disso, o aquário terá um aspeto mais cuidado e bonito.


 


Se deseja ler mais artigos parecidos a como cuidar dos peixes de aquário, recomendamos que entre na nossa categoria de Peixes e Aquários

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Como escolher um animal de estimação para a criança


Se você não tinha animais de estimação antes, a especialista em animais Nikole Gipps sugere esperar até que a criança tenha pelo menos 3 anos, para aí sim comprar ou adotar um cão ou um gato. Um dos motivos é que a chegada de um bicho de estimação em casa dá trabalho, e crianças pequenas dão mais trabalho ainda, por isso a confusão pode ser grande demais de uma vez só para a família.
Além do mais, quando o novo mascote chega em casa, sempre há um período de adaptação, durante o qual certamente vão acontecer acidentes.

É importante, portanto, que a criança tenha certa maturidade para lidar com o comportamento desconhecido do novo animalzinho. E saiba que só dá para contar com a ajuda da criança em relação aos cuidados com o bicho de estimação quando ela tiver no mínimo 7 ou 8 anos.

Outra dica: em vez de um filhote, pense na possibilidade de ter um "jovem adulto", um cão ou gato de entre 1 e 5 anos. Nessa idade, os bichos já estão mais calmos, e ao mesmo tempo não são tão frágeis como quando eram filhotinhos. É uma ótima oportunidade para adotar um bichinho, em vez de comprar.

Quando for adotar, pergunte às pessoas responsáveis pelo animal como é o comportamento dele com crianças. Você pode pegar um sobrinho um pouco mais velho que seu filho "emprestado" para ver como o cachorro ou gato se comporta com uma criança. Se o bichinho já tiver morado em uma casa com crianças (e sem problemas), melhor.

O Animalix  sugere um teste para você aplicar na hora de conhecer o animal. Veja como ele reage a barulhos altos e a carinho -- que, feito por crianças, não costuma ser muito leve.

No caso de um cachorro, mexa nas orelhas dele, devagar. Apalpe as patinhas, coloque o dedo dentro da boca dele até encostar na língua, mexa no corpo todo. Corra em círculos em volta dele e pule, para ver o que ele faz.

Com gatos, experimente pegá-lo no colo, fazer carinho e mexer nas patas. Você vai precisar de um animal de estimação que aceite esse tipo de manipulação sem ficar nervoso ou assustado demais.

Se o que você tem em mente é um filhote de raça, a dica é prestar atenção no comportamento da mãe -- e no do pai, se possível. Peça ao canil para vê-los. Se eles forem tranquilos, é provável que os filhotes também sejam.

O temperamento do bicho depende muito mais do próprio animal do que da raça, mas existem certas raças que são mais adequadas. Pesquise sobre a raça e sobre sua necessidade de espaço, exercício e companhia.

Em geral, os labradores, golden retrievers e cocker spaniels são bons cães para a família, porque gostam de muito carinho. Por outro lado, têm bastante energia, e quando filhotes seus dentes são afiados.

Cães de raças pequenas tendem a ser mais frágeis, e às vezes não gostam de crianças, por puro instinto de autopreservação. Mas sempre há exceções. Cães pastores, como o border collie, podem correr atrás das crianças e mordiscar os calcanhares delas -- de novo, podem, mas tudo depende do jeito do animal.

Alguns toques sobre gatos: o mais comum é os machos tolerarem melhor as crianças que as fêmeas. Procure adotar apenas gatos domesticados: pegar um gato adulto da rua, quando há crianças em casa, pode não dar certo, porque é grande a chance de o animal se sentir infeliz.

Lembre-se de, durante a gravidez, tomar precauções extras na hora de trocar a caixa de areia do gato, para evitar a toxoplasmose.


 


Obs: Com crianças pequenas, é preciso estar sempre alerta. Um estudo publicado pela revista Pediatrics mostrou que bebês de até 1 ano são as maiores vítimas de mordidas de cães (a maioria cachorros domésticos, que foram provocados sem querer).

Veja o que fazer se seu filho levar uma mordida.

Cães que são o "filho mais velho" nem sempre veem com bons olhos a chegada de um novo componente na família, um bebê. Nesses casos, a aproximação ou a apresentação deve ser lenta e gradual, para evitar crises de ciúmes do animal. Cuidado para não esperar do bichinho um comportamento "racional". 


Cinotecnico Paulo Rebelo

sábado, 18 de outubro de 2014

As melhores raças de cães para crianças

Quando chega a hora de escolher um animal de estimação para as crianças lá de casa começam as dúvidas, no entanto se chegou à conclusão que o melhor é um cachorro, deverá também considerar a sua raça, pois nem todos as raças são elegíveis para conviver e suportar a grande energia dos mais jovens, por isso em umComo.com.br damos-lhe uma lista útil sobre as melhores raças de cães para crianças, um guia para esclarecer a situação e tomar a decisão certa.


Golden Retriever
O Golden Retriever é, sem dúvida, um dos cachorros mais populares e amados, a sua personalidade amável, brincalhona e energética fazem dele um grande companheiro para as crianças, e é também um bom guarda para a família.


Labrador
Muito semelhante a esta raça está o Labrador, com o pelo curto requer menos cuidados, pelo menos na sua aparência. Para além de adorar os jogos e a diversão é também um exemplar muito protetor, perfeito para os seus filhos.

Boxer
Se existe um cachorro paciente e tolerante esse cachorro é o Boxer, a sua principal vantagem é precisamente a sua qualidade amável, capaz de suportar as insistências e os jogos mais bruscos das crianças.
Beagle
O Beagle é simplesmente adorável, com um tamanho mais pequeno que os anteriores é também um grande companheiro para as crianças, cheio de energia e ternura, sempre disposto a carinhos e atenções.

Border Collie
Seguramente que os seus filhos nem sabem quem é a Lassie, mas você se recordará dessa heroína, e a sua raça, Collie, é sem dúvida uma das melhores para toda a família, amigável, paciente e protetora, os cachorro desta espécie vão se converter em grandes amigos de seus filhos.

 

domingo, 12 de outubro de 2014

A Ebola e os Cães

O debate em torno do abate do cão da auxiliar de enfermagem espanhola infectada com o vírus do ébola já extravasou a questão dos direitos dos animais, e até o fait-divers mediático, e entrou em terreno científico. Afinal, os cães também podem ficar infectados pelo vírus? E, nesse caso, transmiti-lo às pessoas? Não há uma resposta taxativa, apenas algumas pistas nesse sentido.

Além dos humanos, o vírus pode matar vários animais, como chimpanzés e gorilas, e pensa-se que os morcegos da fruta em África são o seu reservatório natural. A relação entre o vírus do ébola e os cães ganhou visibilidade quando as autoridades espanholas ordenaram a abate do cão da auxiliar de enfermagem, em estado grave – e que ficou contaminada depois de ter entrado duas vezes no quarto de um missionário espanhol vindo doente da Serra Leoa (ele morreu a 25 de Setembro).
Insurgindo-se contra essa decisão, que começou com o marido da espanhola a não autorizar o abate do cão, os defensores dos direitos dos animais lançaram uma petição para que o animal ficasse antes em quarentena. De nada valeram os protestos, incluindo manifestações à porta de casa da auxiliar de enfermagem, nos arredores de Madrid. Na quarta-feira, o cão foi morto e o corpo incinerado.
Para a decisão, o Departamento de Saúde da Comunidade de Madrid argumentou que a informação científica existente mostrava que “os cães podem ser portadores do vírus mesmo sem terem sintomas” e que o animal apresentava “um risco de transmissão da doença ao homem”.

Do homem e animais para o cão?
 

Só existe um único estudo sobre a infecção do ébola nos cães. E é isso que diz. Publicado em 2005, na revista Emerging Infectious Diseases, dos Centros para o Controlo e Prevenção das Doenças dos EUA, o estudo foi feito no Gabão a seguir a um surto humano em 2001-2002. A equipa de Eric Leroy, director do Centro Internacional de Investigações Médicas de Franceville (Gabão), estudou 337 cães no território gabanês, a maioria em zonas atingidas pelo surto, à procura de anticorpos específicos contra o ébola desenvolvidos pelo sistema imunitário dos animais, bem como proteínas do vírus (antigénios) e material genético viral.
Os cientistas detectaram a presença de anticorpos contra o vírus no sangue de vários cães – o que é um sinal indirecto de que os animais estiveram em contacto com o vírus do ébola, já que houve uma resposta imunitária contra ele. Mas não detectaram nem antigénios do vírus nem material genético dele, o que significa que não detectaram o próprio vírus nos cães.
É neste sentido que foram os esclarecimentos do director-geral da Saúde português, Francisco George, esta quinta-feira à agência Lusa: “O vírus não foi nunca detectado no cão”, garantiu. “No plano da precaução, a questão do cão foi considerada importante, porque não se sabe até que ponto pode ou não ter a infecção e se é, portanto, uma fonte eventual de transmissão.”
Essa possibilidade está nas conclusões da equipa de Eric Leroy, atendendo à presença de anticorpos contra o vírus no sangue dos cães: “Este estudo sugere que os cães podem ser infectados pelo vírus do ébola e que a suposta infecção é assintomática”, diz a equipa no início do artigo.
Segundo as observações da equipa, os cães poderão ter sido infectados ou por animais selvagens doentes ou pelos seres humanos. “Observámos alguns cães a comer restos de animais mortos infectados pelo ébola, trazidos para as aldeias, e outros a lamber o vomitado de pessoas infectadas”, relatam os cientistas. “Em conjunto, os resultados sugerem fortemente que os cães podem ser infectados pelo ébola e que alguns cães nas aldeias foram contaminados durante o surto humano de 2001-2002”, refere o artigo, acrescentando que nenhum dos cães altamente expostos ao vírus nesse surto desenvolveu sintomas.

Do cão para o homem?
 

“Tendo em conta a frequência dos contactos entre humanos e cães domésticos, a infecção canina de ébola deve ser considerada como um factor de risco potencial para a infecção humana e a propagação do vírus. A infecção humana pode acontecer através de lambidelas, mordeduras e festas”, refere-se ainda no artigo.
Os cientistas também põem a hipótese de os cães, abundantes nas aldeias africanas, poderem transmitir o vírus às pessoas: “Os cães infectados sem sintomas podem ser uma fonte potencial de surtos humanos de ébola e da disseminação do vírus durante surtos humanos, o que poderá explicar alguns casos humanos sem relação epidemiológica”, escrevem. E mencionam vários surtos humanos de origem ainda hoje desconhecida, na República Democrática do Congo, no Gabão e no Sudão, cuja génese poderia assim ter uma explicação. O vírus do ébola foi identificado pela primeira vem em 1976, numa região perto do rio Ébola, no antigo Zaire, actual República Democrática do Congo.


Paulo Rebelo
Referral Banners

Disqus for Animalix Paulo Rebelo Treino Canino